Câncer de Pênis
O câncer de pênis é uma neoplasia agressiva, com potencial mutilador e que pode devastar a imagem do paciente acometido. No Brasil, ele ainda tem uma incidência significativa (em torno de 2% dos cânceres) e atinge principalmente áreas e populações com condições socioeconômicas mais baixas.

Fatores de risco
De um modo geral, essa neoplasia pode ser prevenida em muitos casos. Sua associação se dá principalmente com baixa higiene, com a infecção pelo vírus HPV (causador das verrugas genitais) e com o tabagismo. Com relação ao HPV, mais da metade da população sexualmente ativa já entrou em contato com algum dos subtipos desse vírus. O uso de preservativos, principalmente em pessoas com múltiplas parceiras, é recomendado para diminuir a taxa de infecção. Além disso, atualmente a vacinação contra o HPV é oferecida para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, sendo ampliada até a idade de 26 anos para os que vivem com HIV/AIDS. As vacinas existentes atualmente cobrem os subtipos do vírus com maior potencial cancerígeno (subtipos 16 e 18), além de outros prevalentes na formação de verrugas genitais simples, como no caso da vacina quadrivalente (subtipos 6, 11, 16 e 18).
Tratamento
Em indivíduos com câncer de pênis, esforços são feitos para que os tratamentos cirúrgicos consigam obter um controle oncológico adequado, procurando limitar o tamanho das ressecções. Dessa forma, além das ressecções parciais, com estratégias de reconstrução, lesões bem iniciais podem ser submetidas a ablações por laser, radioterapia ou tratamentos tópicos medicamentosos.
A avaliação da presença de linfonodos/gânglios na virilha (região inguinal) é um passo importante no tratamento dessa neoplasia. Em alguns casos, pode-se indicar a ressecção desses linfonodos (linfadenectomia inguinal). Muitos esforços vêm sido feitos para o desenvolvimento de técnicas que diminuam os riscos de efeitos colaterais, como a incrementação da laparoscopia e da cirurgia robótica.
Casos mais avançados necessitam de quimioterapia e a chance de cura, nesse cenário, acaba sendo menor. Todos os pacientes devem manter acompanhamento, pois as avaliações clínicas e a necessidade de exames de imagem de controle são fundamentais.